Tiki-taka às avessas: Nacional (PAR) chega à final com média pífia de 2 passes por minuto Destaque
Cleivison CosttaO Barcelona consagrou nos últimos anos o chamado ‘tiki-taka', abusando da troca de passes para envolver os rivais e ganhar todos os títulos possíveis. O estilo evoluiu, passou pela seleção espanhola, pelo Bayern de Munique e chegou até a Alemanha campeã do mundo.
Na América do Sul, porém, um time ‘desafia' a escola europeia e todas as estatísticas.
O Nacional (PAR) chegou à decisão da Libertadores com uma média de apenas 201,8 passes certos por jogo - ou 2,2 por minuto. No duelo de volta contra o Defensor Sporting, fez ainda mais ‘feio': trocou apenas 94 passes certos. Ou seja: considerando os acréscimos, a equipe teve uma média inferior a um passe certo por minuto. O time paraguaio ainda errou outros 48 passes.
Para se ter uma noção melhor, o Nacional trocou 2901 passes nos 12 jogos (uma média de 241,8 por partida) que fez na Libertadores e acertou 2422 deles. Na Copa do Mundo, a Alemanha passou a bola 4035 vezes (576,4 por jogo), acertando o alvo em 3696 das vezes (528 por jogo). E tudo isso em apenas sete partidas.
Considerando apenas os times que chegaram à fase de grupos, o Nacional é o terceiro que menos trocou passes em média na Libertadores, a frente apenas de Real Garcilaso (202,7 por jogo) e Zamora (230,5). Ambos acabaram eliminados antes das oitavas de final.
O curioso é que o Nacional também não se destaca nas estatísticas de defesa. O time paraguaio tem uma média de 22,4 desarmes tentados por jogo, a oitava pior de toda Libertadores. E isso se reflete em outra estatística: o goleiro Don foi quem mais trabalhou em toda competição, com 83 defesas, uma média de 6,9 por partida.
O ‘segredo' parece ser o pé calibrado. Os paraguaios precisam de ‘apenas' nove finalizações em média para balançar as redes. Mas, mesmo assim, aparecem apenas em oitavo nesta estatística.
Fonte: ESPN