Terça, 13 Fevereiro 2018 00:00

Apesar de proibidos, paredão e mela-mela são atrações em Paracuru

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Mesmo proibidos, paredões de som e mela-mela são as principais atrações dos foliões no Carnaval do Paracuru, no Litoral Oeste. Por decisão judicial, a festa na cidade não pode usar farinha, goma e amido de milho nas brincadeiras carnavalescas. A decisão, no entanto, é desrespeitada.

Logo na entrada, a Prefeitura de Paracuru informa em faixa sobre a proibição do mela-mela com alimentos. A decisão da Justiça foi publicada este ano, antes do início da festa. Ainda assim, não é incomum ver foliões pelas ruas sujos de goma e até vendedores ambulantes oferecendo o produto.

"Se tirar o mela-mela, o Carnaval vai acabar. Essa é a tradição daqui. Só com spray (de espuma) não tem graça nenhuma", opina Conceição Daniele Pereira, 31. Ela comenta que, nos outros dias de Carnaval, era comum ver equipes da Prefeitura, acompanhada da Polícia, recolhendo sacos de farinha e de goma dos foliões que desrespeitavam a decisão.

No último domingo, 11, o secretário de turismo da cidade, David Nunes, fez pronunciamento na Praça da Matriz, onde ocorre o mela-mela, sobre o assunto. "Em nome das crianças que passam fome, não só no mundo, mas no Brasil, no Nordeste, na Etiópia e na África, estamos pedindo aos pais que brinquem de spray, de confete, serpentina e ensinem às crianças a não estragarem alimento", disse.

Paredões

Por lei municipal, desde 2014, é proibido também o som de paredões no Município. Ainda assim, nesta segunda-feira, a Praia do Quebra Mar estava com grande movimentação de veículos com som. A Polícia reprimiu o movimento à tarde. A praia é conhecida na região pela festa com paredões.

"É uma ação com a fiscalização de trânsito da Cidade. Muitos quando a gente chega já levam os carros para fora", disse o major Charles Robert, comandante da área.

Os foliões reagiram à ação. "Aqui é a praia que vêm os paredões. Quando a gente quer tranquilidade, vai para outra aqui do lado. Sem paredão, a gente fica é com sono", protestou a comerciante Rejane Oliveira, 45, que passa o terceiro ano consecutivo de Carnaval em Paracuru.

 

O Povo

 

 

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