Neste domingo (11), o Carnaval de Sobral conta com uma programação voltada para o público infantil e adulto. A partir das 17h, a Banda Esquema 10 estará realizando um show para as crianças, no projeto 'Praça Viva' no Parque da Cidade.

Os distritos receberão shows a partir das 22 horas. Em Taperuaba, a Praça Central recebe a Banda Patrulha e Jorge e Banda. No distrito de Aracatiaçu, a Banda 2K realizará apresentação no Centro, ao lado do Mercado.

Já no distrito de Bonfim, a animação fica por conta da Banda Ferrugem Elétrico. O show será realizado no Balneário do Rio, a partir do meio dia.

Com atrações regionais, a Prefeitura de Granja comemora o 6° ano de Carnaval na Beira Rio.

Neste sábado (10), as atrações confirmadas são: Avine Vinny, Taty Girl, Afoxé e Déborah Lima. Além disso, o Carnaval de Granja também conta neste ano com Tenda Eletrônica e apresentação de DJs locais.

Com o objetivo de evitar transtornos nos postos de saúde durante o período de Carnaval , a Prefeitura Municipal abasteceu todas as unidades hospitalares com medicamentos.

As escolas paulistanas preferiram dar verniz aos artistas, ritmos e ícones da cultura brasileira no Carnaval 2018. Em ano de eleição e discussões políticas na internet, o Sambódromo do Anhembi se mostrou, no primeiro dia de desfiles, palco de puro entretenimento, com homenagens que foram dos filmes de terror a Martinho da Vila. O segundo dia, que acontece neste sábado, terá enredos parecidos, com exceção da Império de Casa Verde. A escola é a única que se arriscará a fazer críticas aos políticos a partir de alegorias inspiradas na Revolução Francesa.

A escola, que questionará os excessos dos poderosos e a desigualdade social, é a segunda a desfilar na noite, a partir das 23h45, com o samba O Povo, a Nobreza Real. Antes, às 22h30, entra na avenida a X-9 Paulistana, com um enredo que lançará mão de ditados populares, sob o tema A Voz da Bonança e a Voz de Deus. Depois da Tempestade Vem a Bonança!.

A Mocidade Alegre retoma o clima de homenagens com um samba-enredo feito especialmente para Alcione. A escola desfila 00h40, com o tema A Voz Marrom que Não Deixa o Samba Morrer. Logo em seguida, à 1h45, a Vai-Vai também celebra um personagem da música nacional: Gilberto Gil, que terá sua carreira revisitada com o enredo Sambar com Fé Eu Vou.

Já a Gaviões da Fiel vai relembrar a história dos índios Guarus, que habitavam a cidade de Guarulhos, em São Paulo. O grupo desfila às 2h50 com o enredo Guarus – Na Aurora da Criação, A Profecia Tupi… Prosperidade e Paz aos Mensageiros de Rudá.

Às 3h55, a Dragões da Real vai usar frases de famosas composições sertanejas, como Evidências e Romaria, em um tributo ao gênero musical. O enredo foi batizado de Minha Música, Minha Raiz. Abram a Porteira Para Essa Gente Caipira e Feliz. Finaliza o desfile, às 5h, a Unidos de Vila Maria, com uma homenagem ao México e ao ator Roberto Bolaños, o eterno Chaves.

Fonte: Veja.com

Sete agremiações abriram o carnaval de avenida na capital paulista na noite desta sexta-feira (9) e madrugada deste sábado (10). Os desfiles das escolas de samba no Polo Cultural e Esportivo Grande Otelo (Sambódromo do Anhembi), na Zona Norte da cidade, foram marcados pela mistura de ritmos e homenagens ao samba, ao reggae e ao sertanejo.

Destaque da noite, a Acadêmicos do Tatuapé homenageou o estado do Maranhão, e sua bateria, por vezes, alternou o samba com o reggae. A Mancha Verde celebrou os 40 anos do grupo Fundo de Quintal, e a Unidos do Peruche prestou reverência a Martinho da Vila. A Rosas de Ouro levou para a avenida a vida dos caminhoneiros, e a música sertaneja, apreciada pela categoria.

Nesse primeiro dia de desfile das escolas na capital paulista, o sambódromo não chegou a lotar e ficou parcialmente ocupado, com espaços vagos, principalmente nos lugares mais distante da avenida, nas arquibancadas mais altas. A participação do público foi maior nas passagens da Mancha Verde, quando parte dos espectadores acendeu sinalizadores nas arquibancadas, e da Acadêmicos do Tatuapé. A plateia ovacionou os membros da Acadêmicos do Tucuruvi - escola que perdeu praticamente todas as fantasias e alegorias em um incêndio no início de janeiro e que fez um desfile de superação.

Independente Tricolor

Estreante no Grupo Especial do carnaval de avenida da capital paulista, a escola de samba Independente Tricolor – ligada à torcida organizada do São Paulo – abriu o desfile no sambódromo paulistano, por volta das 23h, animando o público com o samba-enredo sobre o cinema de terror: “Em cartaz: Luz, Câmera e Terror… Uma Produção Independente!”.

O personagem Zé do Caixão, do cineasta José Mojica, foi a estrela da escola. Outras figuras fictícias, como Nosferatu, do filme de Friedrich Wilhelm Murnau, e Jason, do filme Sexta-feira 13, criado por Victor Miller, também foram celebradas. Com um samba em tom maior, a escola desfilou com muitos zumbis, bruxas e vampiros.

O primeiro carro da escola, o abre-alas, que fazia referência a um estúdio de filmes de terror, enfrentou problemas logo no início do desfile e precisou ser guinchado por uma empilhadeira durante todo o percurso. Devido a isso, a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo deverá penalizar a escola em um ponto e dois décimos.

Unidos do Peruche

Uma das mais antigas escolas de São Paulo, a Unidos do Peruche levou para avenida uma grande homenagem ao poeta de Vila Isabel, Martinho da Vila. A agremiação manteve a tradição de cantar as origens do samba e de seus personagens no enredo "Peruche Celebra Martinho, 80 anos do Dikamba da Vila".

Para mostrar as facetas do compositor, cantor e pesquisador da cultura afro-brasileira, a agremiação começou destacando as relações do samba com a África, e as influências, como de Noel Rosa, que Martinho recebeu ao chegar em Vila Isabel, no Rio de Janeiro, procedente de Duas Barras (RJ), onde nasceu há 80 anos.

A Unidos do Peruche fez um destaque especial para a atuação do compositor nos países de língua portuguesa na África, com os quais Martinho desenvolveu diálogos musicais e tornou-se embaixador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLT). No último carro da agremiação, o cantor, sambando em todo o percurso, desfilou junto com a família.

Acadêmicos do Tucuruvi

Com uma apresentação de superação, a escola Acadêmicos do Tucuruvi levou para avenida o enredo "Uma Noite no Museu", com a proposta de contar a história dos museus desde a antiguidade, inspirado pelo filme homônimo. Em janeiro, a 50 dias do carnaval, um incêndio destruiu a maior parte das fantasias e alegorias da escola, que tiveram de ser refeitas às pressas.

Apesar da queima de cerca de 2 mil peças, a escola não deixou a desejar na avenida. Representou primorosamente museus de história, de artes, de ciência, assim como os brasileiros da Língua Portuguesa, do Índio, do Amanhã, do Folclore e do Futebol. Ao final do desfile, a escola foi ovacionada pelo público devido ao espírito de superação dos seus integrantes.

Por decisão da Liga das Escolas de Samba, a agremiação não participará da competição entre as escolas e não poderá ser rebaixada em razão do incêndio.

Mancha Verde

A escola de samba Mancha Verde – ligada à torcida organizada do Palmeiras – homenageou o grupo de samba Fundo De Quintal, que em 2018 completa 40 anos. A passagem da agremiação ma avenida contou com forte participação das arquibancadas, que cantou o samba-enredo, levantou bandeiras, faixas, bexigas e acendeu sinalizadores nas cores da escola - verde e branco.

O enredo "A Amizade, a Mancha Agradece do Fundo do Nosso Quintal" contou a trajetória desse que é um dos principais grupos de samba do Brasil nas últimas décadas e que revelou nomes como Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Sombrinha e Almir Guineto.

"Nesse terreiro de bamba, Quero mais é sambar…, Sou Mancha Verde… o show vai continuar…, Sua história é o meu carnaval, Obrigado do fundo do nosso quintal, Debaixo da tamarineira, Um lindo sonho se torna real, Pandeiro, cavaco, tantã e repique, No puro balanço, um banjo imortal”, diz parte do samba-enredo.

Acadêmicos do Tatuapé

Em uma das melhores apresentações da noite, a atual campeã do carnaval paulistano, a Acadêmicos do Tatuapé, levou para a avenida o enredo "Maranhão, os Tambores vão Ecoar na Terra da Encantaria", que contou a história do estado a partir das particularidades de seu povo, da riqueza cultural, das festas típicas, como o Bumba Meu Boi.

Um destaques do desfile foi a alternância, pela bateria da agremiação, da batida do samba para a batida do reggae, ritmo muito presente no maranhão nas últimas décadas, o que levantou o público nas arquibancadas. A riqueza de detalhes das fantasias e as alegorias dos carros chamaram a atenção.

“No Mar! Foi no balanço do mar, Que o sonho aportou na ilha da magia, Lá em palmeira onde canta o sabiá, O sol namora a beleza do lugar, Cenário de poesia, Tantas batalhas nesse torrão, Herança de luta, cultura e amor”, diz parte do samba-enredo, que homenageou também o poeta maranhense Gonçalves Dias.

Rosas de Ouro

Os caminhoneiros foram o tema do desfile da Rosas de Ouro, que levou para avenida o enredo "Pelas Estradas da Vida, Sonhos e Aventuras de um Herói Brasileiro". As cantoras sertanejas Maiara e Maraísa participaram do início do desfile como puxadoras do samba - uma forma de homenagear o estilo musical sertanejo, bastante presente no universo desses profissionais da estrada. A escola ainda utilizou sanfonas – típicas do sertanejo – em seu corpo instrumental.

A agremiação mostrou as singularidades das diversas partes do país por onde passam os caminhoneiros - cenários, costumes, tradições e culinária. “Canta o galo ao despertar, chegou a hora, Adeus, já vou me despedir, amor não chora, Cada retrato que carrego no painel, Traz a saudade que deixei pela distância, Ô meu São Cristóvão, suas mãos vão me guiar, Ô Virgem Maria, venha nos abençoar”, diz trecho do samba-enredo.

Tom Maior

A vida da imperatriz Maria Leopoldina, esposa de D. Pedro I, e a escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense foram os temas do samba-enredo da Tom Maior, a última escola a entrar na avenida, com o sábado já amanhecendo e o sambódromo parcialmente esvaziado. O desfile terminou por volta das 7h.

O samba-enredo "O Brasil de Duas Imperatrizes: De Viena Para o Mundo, Carolina Josefa Leopoldina; de Ramos, Imperatriz Leopoldinense" contou a trajetória da personagem histórica e da escola de samba carioca. Leopoldina morreu aos 29 anos e seu nome foi dado a uma ferrovia, que tem um trecho que corta os subúrbios do Rio de Janeiro. Em um ponto às suas margens, no bairro de Ramos, nasceu a escola de samba Imperatriz Leopoldinense.

“Ao amor de Pedro me entreguei, me apaixonei, Libertei essa nação... Independência, Minha Pátria mãe gentil… Meu Brasil, Chorou, na senzala chorou, E o lamento do negro, ecoou, Nos trilhos de Ramos tornei-me imortal, Notáveis desfiles do meu Carnaval”, diz o samba-enredo.

Fonte: Agência Brasil

A campanha #MeToo se tornou famosa no mundo inteiro, mas as brasileiras criaram seu próprio lema para lutar contra o assédio durante o carnaval, e inclusive o tatuam na pele: "Não é não".

Uma frase simples e clara estampada no peito, nos braços e até nas nádegas para que os homens entendam que não importam os 40ºC, a pouca roupa nem o excesso de álcool. Não é não.

E apesar de o carnaval ser a festa dos excessos, para muitos ainda parece não estar claro, já que as cifras espantam: uma mulher foi agredida a cada quatro minutos no último carnaval do Rio de Janeiro, de acordo com a polícia.

Por isso, Luka Borges não se cansa de distribuir as tatuagens temporárias para as meninas que pedem durante um bloco no centro da cidade.

"Existe muito machismo no Brasil e isso é mais urgente sendo carnaval, porque a gente fica mais tempo na rua e com menos roupa muitas vezes, e acaba sendo um argumento para um assédio", explica à AFP esta gestora de projetos de 28 anos.

Luka criou junto com quatro amigas as tatuagens "Não é não", que começaram a ser distribuídas tímida e improvisadamente no ano passado em alguns blocos no Rio depois que uma delas sofreu assédio de um jovem.

E por meio de um crowdfunding e de uma extensa rede de apoio, o coletivo produziu 27 mil tatuagens para o carnaval de 2018, que hoje se dividem por cidades como Salvador, São Paulo, Olinda e Belo Horizonte.

Fonte: France Presse | Foto: Carl de Souza/AFP

A programação do primeiro dia de carnaval de Fortaleza está repleta de atrações em diferentes pontos da cidade. São nove polos ao todo, cada um com uma programação diferente durante todo o dia.

No bairro Benfica e no Passeio Público, no centro da cidade, as atividades já começam pela manhã. O Benfica recebe, entre outras atrações, o bloco Luxo da Aldeia, que toca o repertório de músicos e compositores cearenses.

À noite, começa o desfile dos maracatus na Avenida Domingos Olímpio, e o aterrinho da Praia de Iracema recebe o Bloco das Travestidas – formado por travestis e transformistas sob o comando de Gisele Almodóvar (Silvero Pereira) e Mulher Barbada (Rodrigo Ferrera) – e a cantora baiana Margareth Menezes.

Confira a programação completa deste sábado (10):

17h: Aterrinho

Bloco Geração Coca-Cola
Bloco das Travestidas
Margareth Menezes

Das 16h às 19h: Mercado dos Pinhões

As Damas Cortejam

Das 9h às 18h: Benfica

9h: Banda Pacote de Biscoito, Raízes do Griô
13h: Alexandra Elói
15h: Luxo da Aldeia

Das 9h às 11h: Passeio Público

Banda Só Alegria

Das 17h às 20h: Mercado da Aerolândia

Tarcísio Sardinha e Banda

Das 18h às 22h: Mocinha

Bloco Num Spaia Sinão Ienche

Das 17h às 19h: Mercado dos Peixes

Charanga Os Foliões da Serra

Das 17h às 19h: Mercado Joaquim Távora

Charanga Frevo Folia

Domingos Olímpio

18h40: Maracatu Kizomba
19h20: Maracatu Axé de Oxossi
20h: Maracatu Nação Palmares
20h40: Maracatu Rei Zumbi
21h20: Maracatu Nação Pindoba
22h: Maracatu Filhos de Iemanjá
22h40: Maracatu Az de Ouro
23h20: Maracatu Solar

Fonte: Agência Brasil

Trio elétrico, banda, multidão de foliões na rua e... orações. Aracati, no litoral cearense, teve um bloco religiosos com cerca de cinco mil fiéis na avenida. O evento foi um dos primeiros da série de atrações de um dos carnavais mais tradicionais do Ceará, que conta nesse ano com DJ Alok, Solteirões, Solange Almeida e outras atrações.

De acordo com Antônio Sena, um dos organizadores do Pré-Carnaval Cristão de Aracati, a festa surgiu há 15 anos como uma forma de atrair os jovens "para mais próximo de Deus".

"Tínhamos o projeto Marcos, com objetivo de evangelizar a juventude de Aracati, diante da grandiosidade do carnaval de rua de Aracati, tivemos a ideia de atrair os jovens para mais perto de Deus. Principalmente no carnaval, porque muitos jovens iam pro carnaval e não voltavam pro grupo de oração", diz o líder religioso.

O "Carnaval de Jesus", como chama Sena, é organizado pelo grupo católico Maranatha e se tornou um bloco tradicional da cidade.

"Começou com um carro de som, uma pessoa com violão na mão e cantando, convidando jovens pro carnaval de Jesus. No ano seguinte foi um paredão de som e depois um trio elétrico, quando surgiu o carnaval Maranatha, um carnaval de Jesus que é sinal de bênção para Aracati."

A partir deste sábado, os frequentadores do bloco carnavalesco cristão se reúnem em um retiro de oração em Aracati, onde participam de missas e eventos católicos até a Quarta-Feira de Cinzas.

Fonte: G1/CE | Foto: Maranatha/Divulgação

Nesta semana, um dos ritmos mais tradicionais do Brasil completou 111 anos. O frevo, tipicamente pernambucano, completou mais de um século de existência no mesmo dia em que ocorreu a abertura oficial do Carnaval em Recife, na última sexta-feira (09).

Para celebrar o marco, o passista e professor de frevo Otávio Bastos ensina três passos básicos para aqueles que querem aprender a dançar o ritmo. Ele mostra como o frevo é um meio de se expressar e extravasar as energias negativas. O professor conta que a base é o swing da dança, não o passo em si. Os movimentos pedem malemolência e força corporal mas, acima de tudo, exigem que o praticante se divirta. “Pense na dança da rua”, conduz Bastos.

A dança, que apresenta uma fusão de ritmos e estilos, recebeu influência da capoeira e é famosa nos blocos carnavalescos do Nordeste. As cores fortes e as fantasias complementam a arte.

Fonte: Veja.com

Homenageado pela escola de samba Unidos do Peruche, o cantor Martinho da Vila era só sorrisos durante o desfile no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Enquanto isso, sua filha Mart´nália estava entre os que apreciavam o momento da multidão. Ela parou para falar com a repórter da Globo Patrícia Falcoski, que cometeu uma gafe na entrevista.

“Como é essa emoção de homenagear um amigo tão querido como o Martinho da Vila?”, perguntou Patrícia. “Amigo não, meu pai, né”, respondeu Mart’nália. As duas riram tranquilamente do momento, mas o Twitter se divertiu bem mais com a gafe. “Mais perdida que a repórter que perguntou se Mart’nália era amiga de Martinho da Vila”, diz um dos muitos comentários que tomou a rede.

Fonte: Veja.com

O bloco de embalo Cacique de Ramos esquenta os tamborins para sair a partir deste domingo (11) no carnaval carioca, pela 57ª vez. Fundado no dia 20 de janeiro de 1961, no aniversário do Rio de Janeiro, no bairro de Ramos, Zona Norte da capital, o Cacique é um dos principais blocos da cidade. Entre seus componentes estão os integrantes do grupo de samba Fundo de Quintal, que se originou do próprio bloco, e o cantor Zeca Pagodinho.

Este ano, o bloco, que reúne mais de 6 mil componentes a cada ano, enfrenta polêmica divulgada nas redes sociais, que alega que a fantasia de índio é racismo. O diretor do Cacique de Ramos, Ronaldo Felipe, vê a fantasia como uma homenagem aos índios, não só brasileiros, mas norte-americanos. “Não há desrespeito, nem intenção de gerar ofensa”, disse neste sábado (10) à Agência Brasil. Ele lembrou que vários índios, inclusive, frequentam a quadra do bloco. “Essa polêmica não tem sentido nenhum”.

A opinião é compartilhada por Afonso Apurinã, presidente da Associação Centro de Referência da Cultura dos Povos Indígenas Aldeia Maracanã. Ele não vê nenhuma ofensa e nem tem nada contra as pessoas se fantasiarem de índio.

“Acho que o bloco de embalo exalta e mostra a cultura indígena. Desde que exalte a cultura e faça um desfile voltado para a cultura e falando da cultura indígena, sem desrespeito, acho que não tem nada a ver essa polêmica”. O Cacique de Ramos “está divulgando a nossa nação, o nosso povo, nossa cultura”, disse Apurinã.

O professor de antropologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mércio Gomes, não vê nenhum desrespeito em relação aos índios no carnaval. “Há uma homenagem a eles, como há homenagem ao pirata, ao árabe e a outras figuras interessantes”, disse Gomes. “A maioria das brincadeiras que eu vejo no carnaval é uma homenagem a uma figura quase simbólica do Brasil”. Ele reconheceu, contudo, a existência de um grupo forte de indígenas que segue a orientação de que fantasiar-se de índio significa chacota, piada. Outro segmento releva a brincadeira ou vê aspecto positivo nela, uma homenagem ao povo indígena como um todo, comentou.

O cacique de Ramos faz sua concentração na Rua México, a partir das 15h, no domingo (11), segunda (12) e terça-feira (13), com desfile programado para as 17h, na Avenida Chile, no Centro do Rio.

Fonte: Agência Brasil

 

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